A Guerra do Petróleo de 2014 foi uma competição global por parte do mercado de petróleo entre os países produtores tradicionais liderados pela OPEP e os produtores de xisto dos EUA. A partir de junho de 2014, os preços do petróleo nos mercados internacionais tiveram uma queda, o que levou muitos teóricos da conspiração a acreditar inicialmente que os EUA e a Arábia Saudita estavam trabalhando juntos para puxar os preços do petróleo para baixo a fim de punir a Rússia pelo seu envolvimento na crise da Ucrânia. Na época, poucos analistas perceberam que o colapso do preço foi uma ação secreta dos países da OPEP para abastecer o mercado com um excesso de óleo para defender a sua quota de mercado.

A revolução do xisto entre 2011 e 2013 nos EUA alarmou o Oriente Médio, uma vez que a importação de petróleo pelos EUA diminuiu significativamente pela primeira vez na história. As perspectivas de os EUA deixarem de ser um grande importador de petróleo, como tinham sido durante as últimas cinco décadas, para se tornarem um país exportador enviou ondas de choque pelos países produtores de petróleo como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. A revolução do xisto dos EUA de repente fez do país um dos maiores produtores de combustíveis, fazendo-o ganhar fatias de mercado que eram o sangue da vida do Oriente Médio. No entanto, havia apenas um senão em relação ao boom do xisto, comparado com a produção de petróleo no Oriente Médio: a extração do xisto requer fratura hidráulica, ou "fracking", um processo complexo que usa equipamentos e tecnologia avançados para perfurar rochas subterrâneas para extrair o combustível. Como resultado, a extração do xisto é muito mais cara do que a produção de petróleo tradicional. Para que a produção de xisto tenha sentido econômico, o preço do petróleo deve ficar acima de US$80 o barril.

Ao inundar o mercado com petróleo barato, os países da OPEP esperavam provocar a queda dos preços do petróleo a um nível significativamente abaixo do preço de equilíbrio de $80 o barril para a produção de xisto, que por sua vez levaria muitos produtores americanos de xisto à falência.

Em 27 de novembro, os países da OPEP tomaram uma decisão controversa em Viena para manter sua meta de produção de petróleo, deixando o mercado com um excesso de oferta.